A Câmara Municipal e as empresas Emotiontur, Manuel Rodrigues Gouveia, Tavfer, Plataforma e Turistrela assinaram, anteontem, na presença do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, a constituição da empresa Gouveia Aventura e Turismo AS, para a construção e gestão do empeendimento.
A obra, incluindo numa pista de neve artificial com 120 metros de comprimento por 40 de largura, importará em cerca de 3,5 milhões de euros e deverá estar concluída num prazo de dois anos.
“Este é um projecto estruturante para Gouveia, a região e até para o país, uma vez que se trata do primeiro do género a ser criado em Portugal”, considerou o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, para quem “este projecto irá trazer a Gouveia milhares de pessoas por ano”.
Actualmente, existem no nosso país cerca de 200 mil praticantes de desportos de Inverno. “Era uma frustração não conseguir ter esta infra-estrutura em Gouveia, porque mais tarde ou mais cedo ela viria para Portugal”, frisou o autarca. Segundo Álvaro Amaro, “este projecto não é nenhum devaneio, ou sonho, é algo que temos vindo a estruturar ao longo de três anos e que agora se torna realidade com a constituição desta empresa”.O município irá deter 51 por cento do capital social da Gouveia Aventura e Turismo SA, enquanto cada um dos restantes empresários deterá uma quota individual de 9,8 por cento. “Posteriormente, iremos deixar de ter a maioria, mas este projecto só avançará se tiver o apoio financeiro do Governo ou de fundos europeus”, deixou claro, no seu discurso, Álvaro Amaro.
O secretário de Estado, ao usar da palavra, começou por dizer que não se tinha deslocado a Gouveia “simplesmente para presenciar este acto”. Laurentino Dias afirmou que “podem contar comigo para estar ao vosso lado, porque vou fazer tudo para defender este projecto”.
O governante revelou que as verbas para apoiar financeiramente o projecto poderão vir de fundos europeus ou nacionais. No seu entender, o Indoor Snow “pode ser o motor para o desenvolvimento desta região”. Referiu ainda que se trata de um projecto “diferente, arrojado, de um valor elevado e que ficará para sempre como um projecto de Gouveia”.
O anteprojecto arquitectónico, da autoria do arquitecto Keil do Amaral, foi criado de forma a não ferir o meio onde se insere. Álvaro Amaro considera-o como “projectado a pensar na família”.
A estrutura vai dividir-se em três áreas distintas: uma com as rampas de neve, destinada aos praticantes de esqui e snowboard, uma segunda composta por um restaurante, bares e lojas, destinada ao público geral e uma área onde funcionará a administração.