Pistas abertas na Serra da Estrela
"Quem não tem cão, caça com gato". A máxima popular aplica-se ao arranque oficial da temporada na Estância de Esqui da Serra da Estrela. Sem neve natural suficiente para garantir os 30 a 40 centímetros de espessura mínima necessária à prática da modalidade e a abertura de todas as pistas, a empresa gestora já accionou os 46 canhões de produção de neve artificial. Tudo para que os amantes do esqui não fiquem defraudados. Ontem, terceiro dia de uma temporada que irá prolongar-se até Abril do próximo ano, muito sol, pouco vento e alguma neve, foram suficientes para satisfazer a primeira enchente de praticantes.
Neve custa 2500 euros/dia
Artur Costa Pais, administrador da Turistrela, assegurou, ontem, que em 48 horas de produção de neve artificial o complexo ficará "absolutamente operacional. Todas as estâncias do Mundo têm 70 a 80% de neve produzida. É um método caro, com custos diários na ordem dos 2500 euros, mas muito vantajoso para os praticantes na medida em que preenche e corrige o terreno das pistas", declarou.
As previsões meteorológicas que apontam, nos próximos dias, para um acentuado arrefecimento das temperaturas e valores de humidade abaixo dos 30%, prenunciam uma época de Natal e Ano Novo em cheio. "Os hotéis estão lotados e a neve natural não tardará a fazer-nos companhia. Estão criadas todas as condições para uma temporada fantástica", confia Costa Pais.
Dotada de nove pistas de esqui, num total de 12 a 14 quilómetros de percursos, a estância é procurada por famílias inteiras que chegam de todos os cantos do país. "Temos gente de Lisboa, Porto, Alentejo, Algarve e até dos Açores e Madeira. São sobretudo famílias e gente jovem. Uns vêm para praticar, outros para aprender a esquiar", explica o administrador da Turistrela.
"Estamos dentro dos parâmetros europeus em termos de períodos de funcionamento. A uma média de 2000 pessoas, estamos a falar de um número muito interessante", conclui Artur Costa Pais.